
Os Millennials são pessoas nativas da tecnologia e que nasceram em 1981, cresceram em um mundo cada vez mais digital, com a tecnologia fazendo parte de suas vidas desde cedo.
“Antigamente, sair de casa era visto como um rito de passagem para a independência, mas hoje a pressão é menor.” Com uma disputa alta no mercado de trabalho, os pais passam a normalizar essa complexidade intrínseca, independentemente da faixa etária de seus filhos.
Este texto é uma reflexão, e uma análise do cenário complexo de um campo específico da sociedade. Além da disputa acirrada no mercado de trabalho, a questão que abordo é a infantilização prolongada da qual esses indivíduos são vítimas. Sob o ponto de vista da psicologia histórico-cultural, entendo que esses indivíduos que vivenciam uma estrada complexa, um passado histórico-cultural cheio de obstáculos, colocamos uma boa parte dessa geração no submundo das drogas.
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Talvez esse fenômeno surja não por uma má inclinação do indivíduo, mas pelas próprias dificuldades que esses indivíduos encontram em seu meio, de se inserir na sociedade. As drogas causam danos que afetam o comportamento e a parte psicológica desses indivíduos, gerando um (des)desenvolvimento psicológico.
Um estudo aprofundado da psicologia do desenvolvimento da vivência dos toxicômanos Millennials e suas consequências passadas e futuras se faz necessário.
Essa situação os deixa com mais predisposição e vulnerabilidade para desenvolver doenças psicológicas, retardando e procrastinando cada vez mais sua participação ativa na sociedade. Eles ficam cada vez mais à margem, sobrecarregando a demanda de seus genitores com idades mais avançadas, o que causa mais preocupação e a busca por ajuda psiquiátrica, terapêutica e até mesmo o ferrenho internamento em clínicas psiquiátricas.
Embora o internamento tenha sido normalizado na sociedade em que vivemos hoje, a realidade das clínicas psiquiátricas, para quem já trilhou esse caminho, não é a melhor escolha para se tratar. Essa parte eu anulo, e sou a favor da luta antimanicomial e da participação efetiva dos familiares, médicos e terapeutas nesse contexto.
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A realidade dos Millennials é vista pela psicologia do desenvolvimento e histórico-cultural como moldada pela sociedade, pelo mercado de trabalho competitivo e pela luta desses indivíduos. A normalização do cenário atual e a vivência anterior do caminho mórbido das drogas mostram o conformismo desses personagens sociais, que se manifesta pela inconstância na sociedade.
Cabe a cada um tomar consciência da sua situação e ir à luta. Isso, claro, com o aporte de um bom terapeuta e psiquiatra que o conduza para uma vida mais justa. Para eles, Vivenciando o mundo das sombras” (drogas) pode parecer um antídoto e uma expressão de liberdade, mas é a pior escolha e uma forma de autoaprisionamento e estagnação que a pessoa vivencia.
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