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  • Provocação da Vogue

    Provocação da Vogue

    “As Fashionistas precisam de um divã?”

    Elas são diferenciadas, exêntricas, são olhadas com muita admiração no meio da multidão. Elas tem uma filosofia de vida diferente, que é o mundo Fashion, são tratadas como um quadro a ser pintado, elas às vezes vestem roupas que não estão no repertório delas, elas são como um quadro em branco, mas vivas, não é uma natureza morta. Elas no íntimo particular de cada uma tem suas roupas preferidas, elas não são elas, são atrizes das passarelas, seus corpos e belezas são apreciados e também desejantes. Não sei se elas tem a cultura de serem leitoras de bons romances, ou só estão consumindo artigos de moda, o que não é nada de mal também, pois elas fazem parte dessa tribo que é um tanto para frente e futurista, e os estilistas quebrando os tabus do superego da sociade normativa, que quebram também os tabus dos “corpos dóceis”, segundo a teoria de Foucault, corpos dóceis é um termo usado por Foucault, ele critica os “corpos dóceis” que são tudo que está na moral vigente da sociedade, ele vai contra a tudo que o status quo da sociedade exige de cada indivíduo. Então, essa tribo está dentro desse contexto, assim como a sétima arte tem a liberdade de se emancipar dos “corpos dóceis”. Talvez aí entre a questão da filosofia de vida de cada modelo, de cada fashionista, mesmo as que não estão nas passarelas, mas aquelas que a gente vê e é diferenciada numa Avenida Paulista por exemplo.

    As diferenciadas, as que se preocupam com o corpo e as calças jeans desbotadas, as botas que colocam elas num modo de vestir que aguçam os olhares alheios. Ser diferente é ir além dos horizontes e, olhando pelo lado sócio histórico cultural, nem todas nasceram no berço da moda, é algo novo, que exige um pouco de esforço e adaptação para algumas. Talvez aí, entra a provocação da revista Vogue que começa o texto, “As Fashionistas precisam de um divã?” Mas é claro que precisam! Pois nem todas elas entra no contexto que vivenciaram sob a ótica da psicologia sócio histórico cultural. Como citei antes, nem todas elas nasceram no mundo Fashion, no berço como vemos muitas por aí, então é preciso entrar nesse campo uma linha da psicologia que trate dessa questão, que são tantas. Hoje nas passarelas a diversidade é grande, e cada uma tem seus questionamentos sobre si mesmas. É nesse ponto que talvez quase todas elas tem seu CID., o que é completamente normal nos dias atuais. As modelos são múltiplas, multifacetadas. Quem são vocês Fashionistas das passarelas no divã?

  • Uma visão sobre um novo modelo de gênero

    Uma visão sobre um novo modelo de gênero

    A assexualidade é uma orientação sexual caracterizada pela falta de atração sexual por outros. O quanto é curioso querermos sabermos mais sobre esse novo fenômeno que está surgindo na nossa sociedade atual, acho que todos nós temos a suma curiosidade de sentar com um jovem e fazer milhares de perguntas, mas na realidade essas perguntas, pelo bom senso de tocarmos numa questão tão subjetivas e íntimas, não se deve fazer, apenas abservar seus comportamentos, o porquê eles se identificam com pessoas Queer, mas isso já nos dar uma pista porque os assexuados se identificam com tribos que lutam pelo mesmo direito de se inserir e serem aceitos na sociedade, pois não vamos dizer que hoje em dia que essas tribos sejam marginalizadas, mas olhada por olhares diferentes, e alguns curiosos como eu, como ex-estudante de Psicologia tem curiosidade por qualquer fenômeno novo na sociedade, e esse fenômeno assexual é a mais mal compreendido, mas acredito que tem muito menos carga de estigma sobre eles.

    É importante destacar que ser assexuado não significa ser anti-social ou mesmo incapaz de formar relacionamentos, há muitos que vivenciam relações significantes, mas sem o componente sexual. Só uma reflexão, se Freud, um Psicanalista escavador dos fenômenos sexuais existisse na atualidade, a que estudo clínico ele faria? Não tenho conhecimento que no século XIX ele tenha feito um estudo sobre essas pessoas, temha tido um paciente, mas tenho uma intuição que sim, que na época dele se deparou com pessoas assexuadas, mas não como na nossa avançada sociedade que a tudo compreende nos dias atuais, pois as lutas e manifestações como a parada gay, os filmes, a compreensão até dos mais jovens héteros no ambiente escolar, que não banaliza os tais fenômenos apresentados por outros colegas, o que facilita a interação e a aceitação sexual-indentitária desde jovens.

    O que acho interesssante e o mais curioso, que estava conversando com uma conhecida minha, que eles tem até bandeiras, sim, os assexuados! É como uma luta que já foi vencida, apenas olhada por alguns mais fechados com viéses antigos. Mas eles já tem seu espaço na sociedade, é claro, como citei antes eles se simpatizam por pessoas abertas e entraram na sigla LGBTQIA+ que se identifica e gosta de contribuir por sua ancensão na sociedade, de serem vistos como, e serem aceitos com sua identidade.

    Foto: Anderson Couto

  • Repensando o Papel da Persona

    Repensando o Papel da Persona

    No palco da vida, na sociedade, não passamos de meros atores sociais, a cada campo social ou instituições, ao interagirmos nesses espaços que exige regras e comportamentos adequados a cada espaço, exigimos de nós mesmo naturalmente nos colocando conforme ao padrão estabelecido por esses campos. Seja na escola, na universidade, no ambiente de trabalho, nós não somos mais o mesmos. Segundo Jung, são as nossas máscaras atuando, o que Jung intitulou de persona. 

    Mas será que existe dentro de nós ou um campo específico da sociedade que podemos ser nós mesmo, utilizando menos essas máscaras? 

    “Para Freud, o primeiro contato amoroso se dar no período da infância. Particularmente na relação mãe e bebê. Nesse sentido, a criança aprende a amar as pessoas que te ajudam no seu desamparo. Assim, os cuidados maternos representam para a criança uma  fonte de excitação e ao mesmo tempo de Satisfação”. 

    É importante comentar também que toda nossa autoestima nos laços sociais posteriormente, é a soma do que recebemos de amor quando criança pelos nossos pais. É a nossa primeira aceitação social que recebemos, e isso futuramente reflete na nossa autoestima no nosso jeito que agirmos nos relacionamentos interpessoais. Possa ser a partir daí que surge a necessidade de usarmos a Persona para podermos nos socializar no campo social que a gente “atua” naturalmente, pois o ambiente, as pessoas, as regras, o costume que nos modifica e fazem que agirmos de maneira diferente. 

    Será que existe um meio social onde a Persona pode se manifestar em menor grau?  

    Escrevendo esse texto me veio à mente em primeiro lugar que a persona pode se manifestar em menor grau na família, pois nascemos nesse núcleo, nossos pais conhece a gente desde criança, e temos mais liberdade de expressar nossos sentimentos. Em segundo lugar me veio a relação entre terapeuta e paciente, onde o paciente está disposto a mudar o seu eu interior e sua performance na sociedade, relatando para seu terapeuta a verdade das circunstância em que ele se encontra. Em terceiro lugar pensei nas práticas religiosas, que assim como na terapia, ou, na religião seria nosso eu mais interior ao fazermos uma reza e lidarmos com os possíveis frequentadores que estão compartilhando o mesmo ato. De se purificar, de se conectar com o divino com sua verdadeira essência, com um mundo puro e sagrado. Eu, nesse texto estou tentando uma forma de se desconectar da Persona, mas será que é possível? Parece um tanto desafiador, pois a cada ambiente que frequentamos nos colocamos de forma diferente, a cada pessoa que conhecemos nos comportamos de maneira diferente, talvez na família seja o lugar que a persona se manifeste em menor grau.  

    O amor acima de todas as coisas e formador de caráter nas relações sociais e amorosas 

    “A arte de amar, escrita pelo psicanalista Erich Fromm em 1956, pretendia contribuir ativamente para o desenvolvimento da personalidade das pessoas, aumentando o peso proporcional dos sentimentos que lhe são derivados, como respeito, humildade, coragem, fé e disciplina. Como Freud, ele se interessava em saber por que tão frequentemente o amor fracassa e que rastros deixa naqueles que decepcionam. Para Fromm. “o amor é a única resposta sadia e satisfatória para o problema da existência humana”.